ENTRETENIMENTO

Campus Party oferece atrações gratuitas em Brasília até este domingo

Por MRNews

A 17ª Campus Party Brasil (CPBR17), que realiza sua primeira edição nacional em Brasília até domingo (22), não tem atrações apenas para os chamados “campuseiros”, que compraram ingressos para a arena paga ou o tradicional camping. O público em geral também pode conferir gratuitamente o que acontece na Arena Open, no anel externo da Arena BRB Mané Garrincha.

A organização do evento aguarda cerca de 150 mil pessoas nos cinco dias de Campus Party, entre 20 mil pagantes e visitantes. Uma delas é a estudante Alice Oliveira Diniz, de 11 anos, que, acompanhada do pai, participou de um workshop voltado a iniciantes sobre linguagem de programação de computadores em uma placa eletrônica, o micro-bit.

Alice aprovou a experiência e considera que a atividade se soma ao que aprende na escola. “Eu tenho uma aula de metamaker, onde aprendo fazendo algo com cerâmica, marcenaria e robótica, o que é bem legal! Agora, [na Campus Party] tive mais uma experiência tecnológica”.

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O pai, Fernando Diniz de Carvalho, que é empresário do ramo de tecnologia da informação (TI), prioriza que Alice aprenda algo e não tenha contato com a internet apenas de modo passivo, vendo vídeos no celular. 

“Tento que ela possa mexer com coisas que criam futuro, como a tecnologia e a programação. Para ela, eu penso sempre em esportes e coisas que requerem inteligência. E não apenas ficar assistindo vídeos”.

 

 A estudante Alice Diniz e pai Felipe Diniz de Carvalho em um workshop sobre programação de computadores Daniella Almeida/Agência Brasil

Aprendizado em família

O analista de sistemas Paulo Pastore, que participou da primeira edição da Campus Party no Brasil, agora traz o filho, de 3 anos, para se familiarizar com tecnologias. Após jogar uma partida de futebol de robôs com o menino, Pedro Pastore, Paulo avalia que as inovações que surgem são um campo promissor, porém, é preciso ter doses de moderação.

“Tenho a preocupação com o uso de muita tela. Então, aqui, com a mão na massa, em um ambiente diferenciado, é bastante instrutivo para o Pedro, para ele gostar dessas coisas”.

Paulo Lenz, o fundador da empresa responsável pelas atrações em que as duas famílias brincaram, explica que o objetivo é despertar o interesse geral das pessoas pela robótica.

“Tudo aqui é para quem quer aprender não só sobre a área de programação, mas também sobre mecânica, eletrônica e matemática. Nossa intenção é que as pessoas consigam aplicar o que viram e entendam o quão legal, o quão divertido é isso, para, então, buscarem melhores resultados no futuro”, disse Lenz.

O empresário destaca que quem comparecer à arena aberta da Campus Party neste sábado (21) e domingo (22) têm acesso gratuito ao maior campeonato de batalhas de robôs da América Latina.

“A parte dos robôs de combate é o que mais chama a atenção do público. E ainda é possível guiar robôs que devem seguir uma linha; ver robôs da categoria tracking, como carros autônomos que navegam sozinhos por um percurso; e os de sumô, que têm que empurrar o adversário para fora do dojô. Vale a pena trazer a família toda, porque é diversão garantida, além de muito aprendizado.”

Printer Chef 

Uma das arquibancadas mais disputadas da área gratuita é a que acompanha a bancada de chefs de cozinha que criam pratos a partir de alimentos produzidos em impressora 3D, com ingredientes comestíveis. William Oliveira, dono dessas impressoras levadas à Campus Party, que custam até R$ 80 mil cada uma, contou à Agência Brasil que os jurados do campeonato gastronômico se deliciaram com peças tridimensionais produzidas com queijo vegano de castanha de caju, batata e leite em pó.

William Oliveira, dono de impressoras 3D que imprimem alimentos tridimensionais Daniella Almeida/Agência Brasil

William ressalta que os equipamentos têm outras funcionalidades que transcendem à gastronomia e têm uso na medicina regenerativa, por exemplo. “A plataforma é baseada para que o pesquisador use os 3Rs [da sustentabilidade – reduzir, reutilizar e reciclar]. A máquina faz a eletrofiação com uma técnica que envolve energias de tensões bem altas, que gera fios bem fininhos, nano e micrométricos, para gerar um tecido que, agora, tem a tecnologia integrada à área biomédica”.

Neurociência

E quem disse que a neurociência dos laboratórios tradicionais não tem espaço na Campus Party? O estudante Leonardo Dias, de 9 anos, usou neurotransmissores para experimentar que a mente pode acender uma luz ou mover um objeto, sem controle remoto ou qualquer botão.

O estudante Leonardo Dias, de 9 anos, usou neurotransmissores, durante o Campus Party. Daniella Almeida/Agência Brasil

O menino não entende muito bem como a concentração fez o sabre de luz acender parcialmente. Só sabe que precisa de foco para a tarefa. “Gostei de concentração. A gente tem que ter foco. Vale para a vida, para você não se distrair com o que está ao seu redor. E, por exemplo, me ajuda nas aulas de matemática”.

O diretor da Campus Party Brasil, Tonico Novaes, explica que o evento tem áreas para todos os públicos, inclusive o Campus Kids, para a criançada soltar a criatividade, com uso de tecnologia e materiais recicláveis.

“São oficinas para a construção de um pinball maker ou para montar seu próprio robô. Há também o Explore o Projeto Sonoro, onde os participantes vão entender como funciona a acústica e montarão projetores com materiais simples.”

Para saber os horários das atividades da área gratuita da CPBR17 e acompanhar o que ocorre nos espaços do Estádio Mané Garrincha, os interessados podem acessar o site e as redes sociais do evento.